sábado, 27 de agosto de 2011

Correio Internacional: Grande vitória do povo líbio e da revolução árabe

(site PSTU)



Correio Internacional: Grande vitória do povo líbio e da revolução árabe


O povo em armas está destruindo o regime de Kadafi!





• O sanguinário regime de Muamar Kadafi, na Líbia, está desmoronando. O mundo inteiro assiste comovido às imagens de rebeldes armados, acompanhados pela população faminta e sedenta de liberdades democráticas, entrando na capital Trípoli no marco do que seria a ofensiva final de uma guerra civil que já dura mais de cinco meses.

Estas cenas, de homens e mulheres do povo, com armas na mão e agitando bem alto as bandeiras, tomando de assalto Palácio Bab El Aziziya, residência de Kadafi e sede do poder ditatorial, têm tanta força que não podem senão evocar na memória às mais grandiosas vitórias que tem protagonizado nossa classe.

Nas ruas de Trípoli há grande alegria popular. O povo sente-se vitorioso, sente-se livre, sente o poder de suas próprias forças. O ditador, embora se desconheça seu paradeiro, perdeu o controle do país. Aquele que há poucos meses falava de “esmagar os ratos" e de perseguir os rebeldes "palmo a palmo" e "beco a beco" tem agora seu destino mais próximo aos ex-ditadores da Tunísia e Egito.

Nós da LIT-QI saudamos efusivamente estes fatos que constituem, sem dúvida, uma tremenda vitória política e militar do povo líbio e de todo o processo revolucionário que sacode o mundo árabe. Temos que chamar às coisas por seu nome: estamos diante de uma impressionante vitória de um povo que tomou as armas (e seu próprio destino) em suas mãos, empreendendo uma guerra civil para enfrentar a uma ditadura feroz e implacavelmente sanguinária que exerceu o poder absoluto durante 42 anos.

O povo líbio, armado e organizado em Comitês Populares, está liquidando não só a um governo ditatorial, senão a todo um regime opressor com sua principal instituição: as Forças Armadas.

Mas é preciso alertar os perigos que espreitam esta vitória democrática do povo líbio, que têm que a ver com os esforços do imperialismo de derrotar ou desviar o processo revolucionário se valendo do entreguista Conselho Nacional Transitório (CNT), instância burguesa e pró-imperialista que se postula para governar a Líbia pós-Kadafi.

A queda do regime de Kadafi, pela ação direta das massas, é parte e representa um impulso monumental para o conjunto da revolução árabe, um dos pólos centrais, junto a Europa, do processo revolucionário mundial. Da mesma forma em que a luta heróica que livraram as massas na Tunísia e no Egito, quando começou a primavera árabe, abriu o caminho e expandiu o processo revolucionário a toda a região, agora a revolução líbia terá repercussões impactantes no estímulo à revolução aberta no Oriente Médio e no Norte da África.

Na Síria, no Iêmen e inclusive na Tunísia e no Egito essa conquista popular inflama mentes e corações. A vitória do povo líbio é gasolina pura na incendiária situação árabe. As massas árabes e do mundo inteiro observam aos líbios armados destruindo estátuas ou retratos de Kadafi e extraem uma única lição: é possível vencer. A “primavera árabe” caminha rumo a um verão ardente.

A revolução na Líbia soma-se às fantásticas revoluções que se deram no início do processo revolucionário árabe, mas com elementos superiores. Na Líbia, a diferença dos levantes populares na Tunísia ou no Egito, o povo tomou as armas e destruiu às Forças Armadas, principal instituição do Estado burguês e do regime de Kadafi. Agora que elas não existe mais, o que existe são milhares e milhares de homens e mulheres armados e sedentos de mudanças profundas pelo quais arriscaram ou deram suas vidas. E isso é qualitativo desde o ponto de vista da revolução local e regional.



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